sábado, 24 de abril de 2010

Eis que Tim Burton me orgulha mais uma vez


Acabei de chegar do cinema, fui ver Alice no País das Maravilhas do Tim Burton e simplesmente amei o filme. Para quem estava esperando um filme supreendente pode ter se decepcionado, mas como já entendi mais ou menos como Tim Burton trabalha, eu esperava algo diferente. Algo acima da média, claro, um filme meio doido, e o foi o que eu tive. Eu estava esperando uma versão filme do desenho, mas não, temos outra história da Alice, de uma Alice mais velha que quase não se lembra mais de seus passeios no "país das maravilhas".
Quem já leu o livro (seja Alice no País das Maravilhas ou Alice no País do Espelho), ou já viu o desenho, sabe que a obra de Lewis Carroll é quase uma viagem lisérgica, e é o que o torna tão singular. Não é atôa que temos tantos LSDs homenagem a Alice, o gato... Bom, mas isso é outro assunto.
Tim Burton com toda a sua característica sombria e surrealista consegue passar essa loucura, característica marcante da obra, com grande maestria sem perder a referência, mas colocando sua própria personalidade.
O filme mostra que na verdade a Alice nunca esteve sonhando, como o autor sugere tanto no livro quanto no desenho, mas o filme muda isso mostrando que aquele mundo existe sim. Mostra um chapeleiro MARAVILHOSO, enlouquecidíssimo, que só me faz entender cada vez mais porque o Johnny Depp se tornou o queridinho de Burton.
E o que é a Rainha Vermelha? Helena Bonham Carter se mostrou ótima atriz, e com um figurino muito bom. Na verdade todo o figurino do filme é muito bom! Os vestidos da Alice, os chapéus que o chapeleiro faz... E a maquiagem? Os serviçais da rainha, com narizes, queixos e testas enormes, o chapeleiro que muda a intensidade das cores ao redor dos olhos conforme o humor... E eu simplesmente adorei a sombra azul nos olhos da Rainha Vermelha. O filme é rico de detalhes maravilhosos e de uma estética que me agrada demais.
Admito que tenho quase todos os filmes do Tim Burton estão na minha lista de favoritos (que são constituidos de filmes que eu assistiria várias e várias vezes sem pestanejar), e esse vai pra ela também, sem dúvida.
Depois de um filme tão louco, feito por um diretor tão louco (com direito a dancinha birraza do chapeleiro); para completar, os créditos principais do filme passam dentro de arabescos nos quais crescem cogumelos e plantas alucinógenas, que cá entre nós, não é mera coincidência.



Detalhe: diferente de várias pessoas, eu não assisti em 3D. Pois, em BELÉM NÃO TEM CINEMA 3D (e eu jamais irei me conformar com isso).

Nenhum comentário: